As letras ofuscavam-lhe os olhos à medida que estes não piscavam, vidrados, relendo nomes na tela de um computador. O coração pulsava atônito, as mãos remexiam incessavelmente os cabelos e os dentes mordiscavam o canto direito da boca, formando uma pequena ferida que não doía. Montanha-russa, essas sensações. Batucou com os dedos o tampo da mesa, esqueceu dos afazeres, perdeu a noção do tempo e espantou a chuva dos olhos, rindo de si mesma por ser sempre tão boba, tão boa e tão inocente.